Repensar a justiça social: contra o mito da igualdade de oportunidades” é um ensaio de François Dubet publicado em Buenos Aires pela Siglo XXI em 2011, com 127 páginas que oferecem um texto conciso e direto, traduzido e resenhado em português em periódicos acadêmicos brasileiros
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No cerne da obra, Dubet desafia a visão hegemônica de que a igualdade de oportunidades seria o modelo ideal de justiça social, argumentando que ela tende a aprofundar desigualdades ao subordinar tudo à competição individual e, paradoxalmente, favorecer apenas os mais aptos ou melhor posicionados para disputar os mesmos espaços
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. Em oposição, o autor propõe resgatar o modelo de igualdade de posições (ou de status), que visa reduzir diretamente as disparidades sociais e fortalecer a coesão coletiva
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A obra organiza-se em cinco capítulos nos quais Dubet estabelece um quadro analítico comparativo entre os dois grandes paradigmas de justiça social – igualdade de posições versus igualdade de oportunidades – examinando vantagens e desvantagens de cada perspectiva
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. Essa estrutura permite um debate equilibrado, sem recorrer a jargões excessivos, mas mantendo o rigor conceitual necessário para leitores acadêmicos e interessados em teoria social.
O estilo do ensaio é sintético e acessível, combinando exemplos pontuais com reflexões filosóficas e sociológicas, de modo a dialogar tanto com especialistas em políticas públicas quanto com um público mais amplo que busca compreender os fundamentos das desigualdades contemporâneas
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. A fluidez da linguagem faz com que o texto seja adequado a cursos de pós-graduação e grupos de estudo, sem exigir conhecimento prévio aprofundado em sociologia.
Como ponto forte, destaca-se a clareza analítica de Dubet e a capacidade de provocar o leitor para repensar conceitos consolidados de justiça social; por outro lado, a opção por um tratamento conceitual sintético, sem aprofundar estudos de caso ou dados empíricos extensos, pode deixar a desejar para quem busca ilustrações práticas de implementação de políticas públicas
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. Ainda assim, o ensaio cumpre seu propósito de estimular um debate renovado sobre os mecanismos que regem a igualdade em sociedades democráticas.
